domingo, 20 de dezembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Consciência Negra
Deus Negro.
Neimar de Barros.
Eu, detestando pretos,
Eu, sem coração!...
Eu, perdido num coreto,
Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós... nós todos,
Cheios de preconceitos,
Fugindo como se eles carregassem lodo,
Lodo na cor...
E com petulância, arrogância,
Afastando a pele irmã.
Mas,
Estou pensando agora:
E quando chegar minha hora?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã!
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas.
Se eu chegasse lá e um porteiro manco,
Como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta,
E eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei.
Se a sua mão tateasse pelo trinco,
Como as mãos do cego que não ajudei!
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei!
Se uma criança me tomasse pela mão,
Criança como aquela que não embalei!
E me levasse por um corredor florido, colorido,
Como as flores que eu jamais dei!
Se eu sentisse o chão frio,
Como o dos presídios que não visitei!
Se eu visse as paredes caindo,
Como as das creches e asilos que não ajudei!
E se a criança tirasse corpos do caminho,
Corpos que eu não levantei!
Dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos,
Que era vagabundagem, mas era fome!
Meu Deus!
Agora me assusta pronunciar seu nome!
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu,
Da prostituta que eu usei!
Ou do moribundo que não olhei!
Ou da velha que não respeitei!
Ou da mãe que não amei!
O corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,
Porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei,
Sei lá, só dei desgosto!
E, no fim do corredor, o início da decepção!
Que raiva, que desespero,
Se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho,
O maldito funcionário, e até, até o padeiro,
Todos sorrindo não sei de quê!
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro!
Mas como???
Está num simples trono:
Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção!
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara a cara, face a face,
Sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro!
Deus negro!?
E eu...
Racista, egoísta.
E agora?
Na terra só persegui os pretos,
Não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro,
que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão?
Que nada!
Meu Deus você é negro,
que decepção !
Não dei emprego, virei o rosto.
E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate,
Aquele que expulsei da frente de casa!
Deus, pregaram você na cruz
E você me pregou uma peça:
Eu me esforcei à beça em tantas coisas,
E cheguei até a pensar em amor,
Mas nunca,
nunca pensei em adivinhar sua cor!...
Neimar de Barros.
Eu, detestando pretos,
Eu, sem coração!...
Eu, perdido num coreto,
Gritando: "Separação"!
Eu, você, nós... nós todos,
Cheios de preconceitos,
Fugindo como se eles carregassem lodo,
Lodo na cor...
E com petulância, arrogância,
Afastando a pele irmã.
Mas,
Estou pensando agora:
E quando chegar minha hora?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã!
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas.
Se eu chegasse lá e um porteiro manco,
Como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta,
E eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei.
Se a sua mão tateasse pelo trinco,
Como as mãos do cego que não ajudei!
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei!
Se uma criança me tomasse pela mão,
Criança como aquela que não embalei!
E me levasse por um corredor florido, colorido,
Como as flores que eu jamais dei!
Se eu sentisse o chão frio,
Como o dos presídios que não visitei!
Se eu visse as paredes caindo,
Como as das creches e asilos que não ajudei!
E se a criança tirasse corpos do caminho,
Corpos que eu não levantei!
Dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos,
Que era vagabundagem, mas era fome!
Meu Deus!
Agora me assusta pronunciar seu nome!
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu,
Da prostituta que eu usei!
Ou do moribundo que não olhei!
Ou da velha que não respeitei!
Ou da mãe que não amei!
O corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,
Porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei,
Sei lá, só dei desgosto!
E, no fim do corredor, o início da decepção!
Que raiva, que desespero,
Se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho,
O maldito funcionário, e até, até o padeiro,
Todos sorrindo não sei de quê!
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro!
Mas como???
Está num simples trono:
Simples como não fui, humilde como não sou.
Deus decepção!
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara a cara, face a face,
Sem aquela imponente classe.
Deus simples! Deus negro!
Deus negro!?
E eu...
Racista, egoísta.
E agora?
Na terra só persegui os pretos,
Não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro,
que desilusão!
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão?
Que nada!
Meu Deus você é negro,
que decepção !
Não dei emprego, virei o rosto.
E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?
Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate,
Aquele que expulsei da frente de casa!
Deus, pregaram você na cruz
E você me pregou uma peça:
Eu me esforcei à beça em tantas coisas,
E cheguei até a pensar em amor,
Mas nunca,
nunca pensei em adivinhar sua cor!...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Navegação à deriva
Quem navega à deriva
sabe que há vida além dos mares nos mapas
além das bússolas, astrolábios, diários de bordo
além das lendas dos monstros marinhos, dos mitos
quem navega à deriva
acredita que há nos mares miragens, portos
inesperados, ilhas flutuantes, botes e salva-vidas
água potável, aves voando sobre terra, vertigem
quem navega à deriva
aprende que há mares dentro do mar à vista
profundidade secreta, origem do mundo, poesia
escrita cifrada à espera de quem lhe dê sentido
quem navega à deriva
se perde da costa, do farol na torre, dos olhares
atentos, dos radares, das cartas de navegação
imigra para mares de imprevista dicção.
Marcus Vinicius
sabe que há vida além dos mares nos mapas
além das bússolas, astrolábios, diários de bordo
além das lendas dos monstros marinhos, dos mitos
quem navega à deriva
acredita que há nos mares miragens, portos
inesperados, ilhas flutuantes, botes e salva-vidas
água potável, aves voando sobre terra, vertigem
quem navega à deriva
aprende que há mares dentro do mar à vista
profundidade secreta, origem do mundo, poesia
escrita cifrada à espera de quem lhe dê sentido
quem navega à deriva
se perde da costa, do farol na torre, dos olhares
atentos, dos radares, das cartas de navegação
imigra para mares de imprevista dicção.
Marcus Vinicius
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Trabalhando com fábulas
Neste trabalho o professor pode convidar os alunos para ler a fábula, depois reescrever ou criar sua própria fábula e digitar no editor de texto ou ainda trabalar em grupos e fazer apresentação em slides da fábula criada pelo grupo.
Ojulgamento Da Ovelha
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terça-feira, 25 de agosto de 2009
Interação e comunicação em rede
O elo entre professor e aluno é fundamental na construção do conhecimento, a afetividade construída nessa relação pode ser causa de sucesso ou de fracasso para muitos alunos. E nenhuma relação é mais intensa que a gerada na sala de aula, ou seja, o envolvimento pessoal, que jamais será substituído por qualquer outra forma de interação. Porém nesta que é a era da informação, do conhecimento, da comunicação em rede, surgem muitas maneiras de interação entre pessoas mesmo distantes, e se essas fascinam crianças, jovens e mesmo adultos, porque não usá-las para proporcionar oportunidades de construção de conhecimentos? O blog proporciona essa interação, quando o aluno comenta um texto ou questionamento deixado pelo professor. Esse também pode colocar em seu blog, enunciados e dicas para a realização de trabalhos e construir no aluno o hábito de buscar informações no blog do professor. Através do mural de recados o professor pode conhecer as dúvidas de seus alunos. O uso da interação em rede não é inventismo de alguns professores, Maria de Fátima Franco coloca que “Diferentes estudos têm se preocupado em demonstrar as possibilidades de interação em ambientes educacionais on-line, estabelecendo relações entre o ambiente e o usuário, o papel do professor, o papel do aluno e os fatores psicopedagógicos. Quer ler o texto? Blog Educacional:ambiente de interação e escritaColaborativa.
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